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Para os moradores de Quatiguá e Barra do Jacaré os assassinatos não são uma preocupação. Estas cidades, juntamente com mais 41 municípios do Paraná, que correspondem a praticamente 10% do total de municípios paranaenses, estão há quatro anos, desde 2012, sem registrar nenhum homicídio doloso (com intenção de matar). 

 O dado consta no levantamento realizado pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária. O mesmo levantamento mostra a tendência de queda nos assassinatos em todo o Estado. 

Em 2015, o Paraná registrou o menor número de homicídios dolosos dos últimos nove anos. Foram contabilizadas 2.416 mortes – uma queda de 4% se comparada com o ano de 2014, que fechou com 2.515 assassinatos. É o terceiro ano seguido de redução no índice desse tipo de crime no Estado. Em Curitiba, a redução foi de 20% em comparação com 2014. Foram registrados 449 assassinatos no ano passado contra 569 em 2014. Foi o menor número de homicídios registrados em Curitiba desde 2007. 

EM TODAS AS REGIÕES - As cidades sem homicídios estão espalhadas por todo o Estado. Das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp), a região de Apucarana (18ª Aisp) é a que concentra mais municípios zerados de assassinatos: Ariranha do Ivaí, Califórnia, Kaloré, Lunardelli e Rio Bom. 

“Posso dizer que estamos em uma região segura”, aponta o delegado da Subdivisão de Polícia Civil de Apucarana, José Aparecido Jacovós. Ele afirma que, além das cidades sem nenhum registro, no geral, a região está próxima ao recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelecem como tolerável 10 mortes a cada 100 mil habitantes. “Registramos cerca de 15 mortes para cada 100 mil. Isso já é um diferencial”, diz ele. 

O delegado explica que com a contratação de novos investigadores, recém nomeados pelo governador Beto Richa, houve um reforço nessa área específica, com a criação de um setor de homicídios na delegacia, proporcionando incremento nas investigações. “Com um alto índice de elucidação dos crimes, inclusive com a prisão dos suspeitos, afasta-se a sensação de impunidade na região”, explicou. 

TRABALHO CONJUNTO - Para o secretário da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, o trabalho conjunto das Polícias Militar e Civil, aliado à decisão do governador de criar delegacias de homicídios em Londrina, Maringá e Cascavel, além da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa em Curitiba, foi muito importante para reduzir a criminalidade em todo o Estado. “Nestas cidades onde há uma delegacia especializada para investigar homicídios, a taxa de assassinatos diminuiu ao longo dos anos. É uma decisão acertada. A polícia está cada vez mais especializada e isto reflete na redução da criminalidade”, avaliou Mesquita. 

Outro fator que impacta positivamente na queda da criminalidade, de acordo com o delegado Jacovos, foi o aumento no efetivo da Policia Militar e o consequente reforço no policiamento preventivo. “É todo um conjunto de ações, um trabalho integrado e o esforço do governo que é o que mais contratou policiais”, reforçou o delegado, que há 28 anos atua na área de segurança pública. 

Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Paraná.

 
Postada no dia 2016-03-09 12:05:31









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