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Trinta dias após o registro da última fuga em massa ocorrida na Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina, a unidade carcerária já está novamente superlotada. O número atual de preso totaliza 99, quatro a menos do que havia em fevereiro, quando 31 detentos ganharam as ruas após renderem um carcereiro que foi mantido refém durante 13 horas.
A ‘panela de pressão’ – como foi apelidada a cadeia por conta do número excessivo de presos – está prestes a explodir outra vez. Na semana passada, a polícia evitou o que poderia ter sido mais uma fuga em massa na unidade construída para receber 54 presos. A porta de uma de uma das galerias já havia sido serrada, e uma ‘Tereza’ (cordão improvisado com lençóis) estava pronta para ser utilizada pelos detentos.
A descoberta da nova tentativa de fuga resultou em uma operação ‘bate grade’ na segunda-feira (13), que revoltou os presos. No início da noite, quando já não havia mais policiais nem agentes do Departamento Penitenciário (Depen) no interior da cadeia, os detentos atearam fogo em colchões e iniciaram um tumulto nas celas.
A cadeia foi cercada pela PM, e após duas horas de negociações com os presos policiais da tropa de choque do 2º Batalhão e homens do Corpo de Bombeiros entraram na unidade. A situação foi controlada, porém, sob protesto dos detentos por conta da superlotação e medidas punitivas anunciadas pelo Depen.
De acordo com a Assessoria de Comunicação Social do Departamento Penitenciário, as visitas e entregas de sacolas com alimentos aos presos foram suspensas por uma semana. O prazo, no entanto, pode ser prorrogado. Os detentos também estão impedidos de permanecerem nos corredores das galerias, área que ocupavam em razão da falta de espaço nas celas.
Ainda de acordo com o Depen, a transferência de presos depende da autorização do Comitê de Transferência de Presos (Cotransp) local, presidido pela Vara de Execuções Penais de Londrina, que até o momento não se manifestou sobre o caso.
Dos 31 fugitivos, 21 foram recapturados pela Polícia Militar após denúncia anônima dos moradores. Caso sejam recapturados os 10 foragidos procurados pela polícia, a população carcerária atingirá o total de 119 detentos – isso se não houver mais nenhuma prisão neste intervalo de tempo – comprometendo ainda mais o controle do sistema carcerário pelos órgãos competentes.
Fonte:Tanosite.
Foto:Antônio de Picolli. |
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Postada no dia 2017-03-17 06:49:51
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