O governo do Estado anunciou nesta quarta-feira (30) que deve iniciar a tão sonhada duplicação da PR-092 no trecho entre Jaguariaíva e Santo Antônio da Platina em 2016. As obras, entretanto, começarão por um trecho bem menor, entre Siqueira Campos e Joaquim Távora.
Apesar de relativamente pequeno se comparado a todo o trecho em questão, os cerca de 30 quilômetros que devem ser duplicados passam por locais onde frequentemente acontecem acidentes.
E o perigo, em uma análise do trecho, já começa em Siqueira Campos, onde existem três trevos de acesso à cidade, e todos causam preocupação. Depois vem o perigosíssimo acesso à PR-424 (que liga Siqueira a Salto do Itararé), onde graves acidentes já foram registrados. Por fim surgem o acesso ao parque industrial que devido ao alto número de veículos também é uma situação crítica – sendo inclusive o palco de acidentes fatais – e o acesso da 424 desta vez com sentido à Tomazina.
Ou seja, apenas no perímetro urbano de Siqueira Campos são pelo menos cinco pontos considerados perigosos. Pouco a diante, seguindo sentido Joaquim Távora, chega a temida curva dos Fiats, palco de centenas de acidentes e dezenas de mortes nos últimos anos. Para se ter uma idéia, até os radares eletrônicos instalados ali constantemente são derrubados por veículos em alta velocidade que acabam se acidentando no local.
Depois, entre os dois municípios, há outro sério problema: o trevo de Quatiguá, outro ponto de alta reincidência de acidentes. Apesar de há alguns anos um novo acesso ao município ter sido construído, mais seguro e sinalizado, grande parte da população ainda prefere o trevo antigo, que obriga motoristas a fazerem a conversão perante a veículos que trafegam neste ponto em alta velocidade.
Curiosamente um dos poucos trevos bem projetados de todo o trecho da 092 entre Santo Antônio a Jaguariaíva fica justamente em Joaquim Távora, onde o acesso à cidade e as conversões são feitas com segurança – embora o trevo não seja em desnível, como o considerado ideal e como possivelmente todos os locais que receberão a duplicação das pistas serão construídos.
Porém, vale lembrar ainda que o asfalto da rodovia nos arredores de Joaquim Távora já está em estado avançado de desgaste, devido ao intenso fluxo – que em todo este trecho estima-se que seja de 6 mil veículos por dia (sendo que deste número aproximadamente 4,5 mil são de veículos pesados).
“RESTO” DO TRECHO
Claro a duplicação apenas deste trecho não resolve todo o caos que é hoje a 092 na região, entretanto causa já traz um “alívio” bem razoável para quem trafega por aqui.
De qualquer maneira, os outros pontos do trecho que não serão duplicados de imediato devem também passar por melhorias. Recentemente a Folha Extra publicou o projeto do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) que prevê a readequação da rodovia nos locais que não forem duplicados no momento.
Entre as principais obras estão o fim dos trevos em nível, com a construção de trincheiras, a remodelação de curvas perigosas e a instalação de uma grande quilometragem de terceiras pistas, que devem dar mais segurança e vazão ao trânsito.
PEDÁGIOS
Ainda segundo o escritório regional do DER, há ainda o estudo para a instalação de dois pedágios de baixo custo neste trecho. Um deles ficaria possivelmente entre Wenceslau Braz e o distrito de Calógeras, município de Arapoti, enquanto o segundo pode ser instalado em Joaquim Távora – já no trecho duplicado.
Os pedágios não seriam administrados por concessionárias, e sim pelo próprio governo, que também seria o responsável por realizar as obras.
LUCAS ALEIXO- FOLHA EXTRA.