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Investigadores da 38ª Delegacia Regional de Polícia, sob comando do delegado Tristão Antônio Borborema de Carvalho, prenderam na tarde desta terça-feira (27), o segurança Henrique de Araújo, 21, apontado pelas investigações como principal suspeito na morte do menino Kauan de Oliveira Marinho, de apenas um ano e três meses, ocorrida na tarde de segunda-feira (26), no conjunto Álvaro de Abreu, em Santo Antônio da Platina.

A prisão temporária de Araújo foi decretada pela Justiça por solicitação do delegado, após fortes indícios sobre seu envolvimento na morte do bebê. “Dois depoimentos foram determinantes para o pedido da prisão temporária do suspeito. As declarações de um enfermeiro do Pronto Socorro Municipal que disse ter atendido dias atrás o enteado mais velho de Araújo, após dar entrada na unidade por supostamente ter sofrido um acidente semelhante ao que teria causado a morte do irmão, e o depoimento do próprio garoto de quatro anos mencionado pelo enfermeiro, a um profissional” disse detalhando. Segundo o enfermeiro, o garoto revelou a ele que as lesões em seu corpo teriam ocorrido por agressões praticadas pelo tio Henrique, referindo-se ao padrasto. Na tarde desta terça-feira, o garoto revelou a um psicólogo convocado para auxiliar no inquérito que o tio Henrique (padrasto) também seria o autor das agressões no início da noite de domingo que resultaram na morte do irmão e em lesões em seu rosto. “Além dos depoimentos, também tive acesso ao resultado da necropsia apresentado pelo Instituto Médico Legal, fatos importantes, que em tese, derrubam a versão apresentada pelo padrasto para a morte do bebê”, explicou Tristão de Carvalho.   

De acordo com o laudo do IML apresentado à Polícia Civil na tarde desta terça-feira, a morte do bebê foi provocada por agressão física causada por instrumento contundente (um cabo de vassoura, por exemplo), lesões encefálicas, traumatismo craniano e politraumatismo.

Na tarde de segunda-feira, Kauan foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros após solicitação do próprio padrasto e encaminhado sem sinais vitais ao Pronto Socorro, onde por quase uma hora os socorristas e a equipe médica de plantão tentaram todos os procedimentos de reanimação para salvar a criança, que não respondeu aos estímulos.

Araújo contou à reportagem que o enteado havia sofrido uma queda de um triciclo enquanto brincava com o irmão mais velho, e que o acidente poderia ter provocado as lesões que causaram sua morte, versão confirmada pela mãe da criança, a dona de casa Graziele Cristina de Oliveira, 20 anos.

O segurança chegou a insinuar a possibilidade de o irmão mais velho ter agredido Kauan, dizendo que o menino já teria revelado a ele o desejo de matar o bebê por ciúmes. No entanto, ao detalhar o comportamento do enteado, Araújo foi interrompido pela companheira, que o pediu que permanecesse em silêncio.

Apesar de negar as acusações, Araújo foi indiciado por homicídio qualificado (por meio cruel sem dar à vítima a chance de defesa) e permanecerá preso temporariamente por 30 dias, prorrogável por mais 30 se necessário, até a conclusão do inquérito policial. O delegado Tristão de Carvalho, no entanto, informou que pretende converter a prisão temporária do indiciado em preventiva para que ele aguarde preso (durante a fase processual) pelo julgamento.

Tristão de Carvalho informou ainda, que todas as denúncias estão sendo investigadas e que outras prisões temporárias não estão descartadas. 

O corpo do bebê foi velado na casa da avó materna, e sepultado no início da tarde no Cemitério São João Batista.

Fonte:Luiz Guilherme Bannwart/ Tanosite.com

 
Postada no dia 2015-10-28 06:42:15









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