No norte do Paraná o órgão responsável pelas tornozeleiras eletrônicas é o Centro de Reintegração Social de Londrina,que faz a monitoração.No momento, 122 pessoas.Em Santo Antônio da Platina tinha nove com a peça.Semana passada, um deles brigou e agrediu a namorada, discutiu com um policial e perdeu o benefício.O fato é que o seu uso está cada dia mais comum em todo o Norte Pioneiro e, até agora, ninguém reclamou do uso do equipamento.
Como a mulher que tentou,recentemente, entrar com uma geladeira com drogas e celulares na cadeia platinense.Presa, ela foi autorizada depois a permanecer em casa para tratamento de saúde por conta de feridas em seu corpo.
Os beneficiados são presos em regime semiaberto que cumprem sua pena em casa, controlados por uma tornozeleira eletrônica, sob a condição de não deixarem os limites das comarcas onde vivem.
A Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) encaminha para as Varas Criminais os pedidos dos juízes.Das cinco mil tornozeleiras adquiridas pelo estado, mil foram destinados a presos da região de Londrina.Isso não significa que todos os equipamentos são utilizados e quem tirar ou é flagrado sem ele, é preso novamente.
Estão sendo beneficiados presos que não cometeram crimes com violência ou grave ameaça, como roubo ou homicídio. Os selecionados estão presos no regime semiaberto e já têm autorização para deixar as unidades durante o dia para trabalhar. Presos com mais de 60 anos, doentes e provisórios, também podem utilizar a tornozeleira.
São obrigados a seguir à risca as determinações do juiz de se recolher em sua residência no horário indicado e não deixar a cidade. Qualquer desrespeito a isso vai ser acusado pelo monitoramento e ele será novamente encarcerado.
Com as tornozeleiras, espera-se acabar ou reduzir a superlotação do sistema prisional no Paraná.
O Ministério da Justiça e o Conselho Nacional de Justiça foi quem fizeram uma parceria para a compra de tornozeleiras eletrônicas. É um dispositivo que tem sido visto como uma forma de reduzir a lotação nas penitenciárias.
Ela é um pouco mais grossa do que um celular e tem quase o mesmo peso: 128 gramas. Coberta pela calça, a tornozeleira nem chama a atenção, mas tem o poder de seguir cada passo do preso.
A tecnologia inclui um GPS para determinar a localização por satélite e um modem para transmissão de dados por sinal de celular. Todas as informações são passadas, em tempo real, para a central de monitoramento que pode estar em qualquer lugar.
Alguns não podem sair de casa, estão em prisão domiciliar. Outros são proibidos de entrar em uma área definida. Por exemplo, um agressor que não pode mais se aproximar da vítima, no caso a ex-esposa, a quem atingia fisicamente.
O monitoramento também controla o preso que trabalha, mas tem que estar em casa a partir de uma hora. Qualquer violação gera um alarme.
Se o sentenciado tentar sair e deixar a tornozeleira em casa, para enganar o sistema, não vai conseguir. Primeiro porque a cinta é muito resistente. E mesmo que ele consiga cortar, dentro passa uma fibra ótica que emite um sinal diuturnameente. Se ele for interrompido, um alarme dispara na central de monitoramento.Os sensores funcionam mesmo nos lugares que não têm sinal de celular.